Agora é curioso que fiquei também com a sensação de que o filme poderia ser bem melhor. Assisti a essa ficção no cinema na época, com tudo o que de melhor havia em termos de tecnologia. Lá estava o Dolby Stereo e a projeção impecável para curtir todos os efeitos especiais, porém fiquei com a sensação de que era um filme que tinha tudo para ser uma obra prima, mas que não foi. Um filme que não cumpriu tudo o que prometia. E de fato é bem isso mesmo. Spielberg criou todo um mundo do futuro e tirou o máximo que podia em termos de originalidade do conto de Dick. A questão porém é que Spielberg não é Kubrick. Ele optou por fazer um filme mais convencional, popular, ao invés de Kubrick que certamente iria por outro caminho, tentando algo mais intelectual. O resultado assim é menos do que poderia ser. Cruise se esforça, dá tudo, mas seus cacoetes de interpretação também soam saturados. É bom conhecer, mas não espere por nada genial.
Minority Report - A Nova Lei (Minority Report, Estados Unidos, 2002) Estúdio: Twentieth Century Fox, DreamWorks SKG / Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Scott Frank, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Tom Cruise, Max von Sydow, Steve Harris, Neal McDonough, Colin Farrell / Sinopse: No futuro, em 2054, um policial chamado John Anderton (Tom Cruise) é acusado de ter cometer um crime, antes mesmo que possa colocar adiante seus atos criminosos. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Edição de Som.
Pablo Aluísio.
Terror & Ficção
ResponderExcluirPablo Aluísio.
A ideia de conter um crime antes que esse aconteça, está no escopo do que se chama "serviço de inteligência" da polícia. O problema é que se ainda não aconteceu, pode não acontecer.
ResponderExcluirO que o filme pergunta é: e se fosse com você? Se você fosse condenado por um crime que jamais aconteceria?
Com o Kubrik sem duvida as consequências seriam muito mais sombras que num filme de correiria do Tom Cruise.
Do ponto de vista jurídico do mundo real é de fato absurdo punir alguém por um crime que ainda não cometeu. Do ponto de vista da cultura pop porém funciona bem demais. Diversão inteligente.
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