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terça-feira, 29 de agosto de 2023

Drácula de Bram Stoker

Drácula de Bram Stoker (1847 - 1912) é um clássico absoluto da literatura de terror. Publicado originalmente em 1897 o livro é considerado o marco zero na mitologia moderna sobre vampiros. Obviamente que a lenda sobre vampirismo atravessou séculos mas foi Stoker, com raro brilhantismo, que conseguiu unir seus principais elementos em um texto único, extremamente bem trabalhado e rico em detalhes e nuances que anos depois seria usado exaustivamente pela sétima arte. O que fez o genial Stoker foi reunir em um só romance as lendas, os mitos e até as histórias reais (como a da Condessa Isabel Bathory) para criar um personagem singular, um Conde que esconde uma maldição secular em seu castelo sombrio. 

Foi justamente com a intenção de ser o mais fiel possível a essa obra que Francis Ford Coppola realizou sua versão de Drácula em 1992. Considerado por muitos como a obra definitiva sobre o personagem o filme ainda hoje impressiona por sua brilhante direção de arte, seu clima soturno e o excelente trabalho do roteiro em mostrar um lado até então pouco explorado em todos os filmes sobre Drácula: o aspecto mais romântico da personalidade do Conde. De fato seu maior fardo é a sua dor pela perda de sua amada, dor essa que atravessa os séculos, tornando-se o verdadeiro martírio do monstro. Ao explorar esse aspecto o filme traz uma carga humana muito intensa ao personagem, tornando tudo muito mais real e visceral.

Passados 30 anos de seu lançamento ouso dizer que Drácula foi a última grande obra prima do mestre Coppola. É uma constatação penosa, haja visto que sem dúvida ele foi um dos cineastas mais brilhantes de Hollywood. Seu grande trabalho aqui se revela na escolha do elenco ideal (Gary Oldman personifica as várias faces do vampiro de forma maravilhosa), no uso correto e pontual de ótimos efeitos especiais (todos recriando uma oportuna atmosfera Vitoriana) e na fidelidade ao texto original. O resultado de tanto talento se vê nas telas de forma grandiosa. Ao custo de 40 milhões de dólares o filme demonstra ter todas as peças perfeitamente encaixadas, resultando em um trabalho magnífico, uma obra de arte realmente. O velho Stoker certamente ficaria orgulhoso.

Drácula de Bram Stoker (Dracula, Estados Unidos, 1992) Direção: Francis Ford Coppola / Roteiro:  James V. Hart baseado na obra de Bram Stoker / Elenco: Gary Oldman, Winona Ryder, Anthony Hopkins, Keanu Reeves, Richard E. Grant, Billy Campbell, Sadie Frost, Tom Waits, Monica Bellucci / Sinopse: Jonathan Harker (Keanu Reeves) vai a um distante e isolado castelo com a missão de vender uma propriedade a um estranho e recluso Conde chamado Drácula (Gary Oldman). Ao ver o retrato de sua amada o monstro fica admirado com a semelhança com sua antiga paixão, uma jovem falecida há muitos séculos. Não tardará para que o Conde vá ao seu encontro.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 11 de julho de 2023

Alien - A Ressurreição

Aproveitando que revi "Alien 3" decidi rever também esse quarto filme da série. A vaga lembrança que tinha era de não ter gostado muito do filme. Fazia muitos anos que tinha assistido uma única vez, ainda em seu lançamento original. Revendo agora já não achei tão ruim, pelo contrário. Os roteiristas desse filme tiveram um problemão para superar. A Tenente Ripley havia se matado no final de "Alien 3". Ela pulou dentro de um caldeirão de aço em fundição. Impossível ter sobrado nada. Como trazer de volta uma personagem com um fim tão definitivo como aquele?

Assim os roteiristas avançaram no tempo. A história desse quarto filme se passa 200 anos depois da morte de Ripley. A solução foi encontrada na engenharia genética. Através de gotas de sangue de Ripley eles conseguem criar uma clone, só que igualmente contaminada com o sangue alienígena. A companhia não tinha exatamente a intenção de trazer Ripley de volta, mas sim o DNA do alien, uma arma biológica que poderia ser usada em campo de batalha. O "soldado" perfeito. Por isso quando o filme começa os personagens estão em uma nave militar. O Alien já foi trazido de volta à vida. Está preso em um laboratório. Como se trata de uma Rainha-Mãe ela logo dará origem a uma nova linhagem de criaturas.

Para alimentar os monstros um grupo de mercenários é contratado. Sua missão é trazer cobaias humanas vivas para serem devoradas pelos aliens. Esses mercenários são interpretados por novos atores dentro do universo da série de filmes, contando com gente como Ron Perlman e Winona Ryder, essa última no melhor estilo replicante de "Blade Runner", uma máquina com consciência, que deseja destruir qualquer vestígio desses aliens. Já a atriz  Sigourney Weaver interpreta a clone número 8 de Ripley. É uma personagem mais sombria, que fica entre sua humanidade e seu código genético alien. Aliás a atriz só concordou em voltar para a franquia após receber um cachê milionário. Também acabou se tornando produtora executiva. O filme, como disse, ficou melhor nessa revisão. Gostei e me diverti. Talvez na época em que vi pela primeira vez a enxurrada de críticas negativas tenham influenciado para pior minha opinião. Hoje já revejo tudo com mais boa vontade. Com isso a diversão de fato ficou garantida.

Alien - A Ressurreição (Alien Resurrection, Estados Unidos, 1997) Direçao:  Jean-Pierre Jeunet / Roteiro: Joss Whedon / Elenco: Sigourney Weaver, Winona Ryder, Dominique Pinon, Ron Perlman / Sinopse: A companhia espacial consegue produzir um clone da Tenente Ripley, 200 anos após sua morte. A intenção é trazer de volta à vida também o alien que infectava seu organismo. A experiência de retorno é um sucesso, mas tudo logo sai do controle quando as criaturas conseguem fugir do laboratório de uma nave espacial onde os experimentos estão sendo realizados.

Pablo Aluísio.