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terça-feira, 6 de junho de 2023

O Exorcista II – O Herege

Havia assistido há muitos anos mas agora resolvi rever por pura curiosidade. Sabia que a continuação de um dos maiores clássicos do terror nunca foi considerado um bom filme mas devo confessar que até me espantei com sua falta de qualidade extrema. A trama de “O Herege” começa alguns anos depois dos eventos do primeiro filme quando a garotinha Regan MacNeil (Linda Blair) foi possuída por um demônio e exorcizada por padres da Igreja Católica, entre eles o padre Merrin (Max Von Sydow). Agora Regan já superou aquele drama e vive uma vida relativamente normal. Ela quer se dançarina profissional e estuda para isso. Ao mesmo tempo freqüenta uma psicóloga que tem a firme convicção de que tudo o que aconteceu não passou de um grave problema mental na garota, nada tendo a ver com possessões demoníacas. Para não deixar mais dúvidas sobre o que realmente aconteceu o Vaticano então envia o Padre Philip Lamont (Richard Burton) para realizar uma investigação completa sobre todos os acontecimentos do exorcismo da menina anos antes. Ele porém acaba descobrindo muito mais, inclusive sobre as verdadeiras origens do mal.

“O Exorcista II” tem dois grandes problemas em minha opinião. O primeiro é que o filme explica demais sobre as origens da entidade demoníaca que possuiu o corpo da garotinha no primeiro filme. Ficamos sabendo que ele se chama “Pazuzu”, que é um espírito maligno proveniente da África e que domina pragas de gafanhotos. Meus amigos fãs de terror eu pergunto: alguém realmente queria saber algo assim? Pergunto porque as explicações são tolas demais e quebram qualquer clima de mistério e suspense que o filme venha a ter. Os personagens falando o tempo todo em um demônio chamado “Pazuzu” acaba criando um humor involuntário que acaba com as pretensões de causar medo nesse filme. Para piorar o filme apresenta ainda uma engenhoca que “ligam as mentes” das pessoas que o usam. Parece aquelas engenhocas que o Dr. Brown dos filmes da série “De Volta Para o Futuro” usava, um trambolho completamente ridículo! Então se perde muito tempo com o uso desse equipamento onde entram na linha ao mesmo tempo o padre Lamont, a garota Regan e claro o... Pazuzu! Em determinado momento do filme fiquei realmente com pena de ver o grande Richard Burton envolvido em um abacaxi desse tamanho. Ele aliás não está nada bem, sempre com os olhos esbugalhados, suando e com cara de espanto (provavelmente ficou espantado com a ruindade do roteiro!). Enfim, se você gosta de “O Exorcista” faça um favor a si mesmo e nunca... repito... nunca veja esse “O Herege” pois caso contrário o primeiro filme vai acabar virando piada quando você se lembrar do tal Pazuzu! Francamente...

O Exorcista II – O Herege (Exorcist II: The Heretic, Estados Unidos, 1977) Direção: John Boorman / Roteiro: William Goodhart / Elenco: Richard Burton, Linda Blair, Louise Fletcher, Max Von Sydow / Sinopse: O Vaticano envia o Padre Lamont (Richard Burton) para investigar o exorcismo do primeiro filme. O que ele encontra porém é a origem do mal.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 5 de junho de 2023

O Exorcista

"O Exorcista" é apontado por muitos como o melhor filme de terror já feito. A produção causou forte impacto em seu lançamento e até hoje é cultuada. De certa forma é até simples de entender essa repercussão toda que o filme atingiu. A trama da garotinha possuída por um demônio bateu fundo no inconsciente coletivo do público ocidental. Como se sabe em países onde o Cristianismo é considerado a religião predominante o diabo não é apenas um ser de ficção mas uma entidade real, de existência induvidosa. Assim o que se passa nas telas obviamente amedronta as pessoas com essa formação religiosa. 

Para reforçar ainda mais essa situação não podemos ignorar que embora o filme seja baseado em um livro de William Peter Blatty esse foi escrito em cima de um caso real ocorrido na Itália. A única diferença é que na história real os fatos aconteceram com um garoto e não uma garotinha como vemos nas telas. Até hoje a igreja Católica mantém um sistema de revezamento de orações no local onde ocorreram as manifestações. Não cabe aqui discutir o que causou esses eventos, se era realmente uma possessão ou um mero transtorno psicológico, o que importa é entender que "O Exorcista" levou os fatos para o universo da cultura pop, o marcando para sempre.

Outro fato digno de nota é que mesmo após tantos anos o filme, mesmo visto atualmente, não envelheceu tanto. Claro que em termos narrativos há alguns aspectos que soam datados, mas a força da trama não sofreu o pesar dos anos. Nem suas péssimas continuações atrapalharam nesse quesito. Filmes marcantes assim costumam ser tão imitados que acabam perdendo sua força original. Com "The Exorcist" não sentimos tanto essa perda. O filme continua muito bom, muito impactante e provocando medo aos que o assistem (o que no final das contas é o objetivo de todo filme de terror bom que se preze). Em conclusão "O Exorcista" realmente merece a fama e o status que tem. É um excelente momento do cinema de terror da década de 70 que se mantém firme até os dias de hoje.

O Exorcista (The Exorcist, Estados Unidos, 1973) Direção: William Friedkin / Roteiro: William Peter Blatty baseado em seu próprio livro / Elenco: Linda Blair, Max Von Sydow, Ellen Burstyn, Lee J Cobb, Jason Miller, Kitty Winn, Jack MacGowran / Sinopse: Jovem garota (Linda Blair) começa a manifestar sinais de possessão demoníaca. Para ajudá-la a Igreja envia dois padres exorcistas para combater o mal.

Pablo Aluísio.