Mostrando postagens com marcador Steven Spielberg. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Steven Spielberg. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

E.T. - O Extraterrestre

Alguns filmes marcaram para sempre a história do cinema. Um deles foi "E,T. - O Extraterrestre". Para os mais jovens é complicado entender o impacto que "E.T" teve em seu lançamento. Na época ele foi considerado uma obra tão inovadora e impactante dentro da cultura pop quanto "Star Wars" ou "Star Trek". De fato essa é a obra prima definitiva da carreira de Steven Spielberg, um filme tão especial para ele pessoalmente que o diretor recusou verdadeiras fortunas para rodar uma sequência (algo que era muito comum na década de 80). Como bem esclareceu o próprio Spielberg "E.T." era um filme completo em si mesmo, uma fábula que conseguia reunir fantasia, Sci-fi e drama em um só pacote. Além disso trazia em seu roteiro todos os temas que sempre foram tão importantes para o cineasta: a infância, o fim da inocência, os problemas familiares. A família mostrada em cena se parecia até demais com a própria família de Spielberg. O personagem Elliott (Henry Thomas) era de certa forma um espelho do garoto Spielberg. 

Não é para menos que o diretor ganhou na época um de seus apelidos mais duradouros, o de ser o verdadeiro "Peter Pan" do cinema. Um diretor que se recusava a abandonar seu universo particular e crescer como todos os demais. O filme custou em torno de 10 milhões de dólares e rendeu até hoje quase 1 bilhão em receitas. Além das bilheterias "E.T" virou uma febre, uma marca que foi utilizada em inúmeros produtos comerciais. O lucro foi tão formidável que Spielberg se daria ao luxo de anos depois criar seu próprio estúdio e seu próprio império de entretenimento (Amblin Entertainment). Além de ser uma das produções mais lucrativas da história em todos os tempos "E.T." renovou de uma vez por todas o chamado cinema blockbuster de Hollywood. Essa transformação vinha desde o sucesso de "Tubarão" do próprio diretor e se consolidou com os filmes de George Lucas. Eram releituras dos antigos filmes de matinê que fizeram a alegria desses cineastas quando crianças. Eles retiraram a essência daqueles antigos filmes e os recriaram para as novas gerações. A fórmula se mostrou extremamente bem sucedida. Em uma era pré-digital em termos de efeitos especiais a equipe de "E.T." conseguiu um feito e tanto trazendo veracidade e personalidade a um boneco analógico. Em nenhum momento a criatura demonstra ser inconvincente ou mal feita, pelo contrário. O design do personagem acaba se tornando cativante para as crianças. Além disso seu encontro com o garotinho terrestre rende ótimos momentos. Algumas das cenas de "E.T." inclusive entraram para a história do cinema! Como esquecer a fuga das bicicletas ou o primeiro encontro do Extraterrestre com Elliot? Quem foi garoto na época do filme jamais esquecerá desses momentos. O roteiro também trouxe uma das despedidas mais emocionais do cinema, um adeus que fez muita gente chorar no cinema! Spielberg que sempre jogou com as emoções de seu público aqui realmente se superou. Enfim, não há muito mais o que falar. Definitivamente "E.T" é o filme que marcará para sempre a carreira de Steven Spielberg e a história do cinema americano.  

E.T. - O Extraterrestre (E.T.: The Extra-Terrestrial, Estados Unidos, 1982) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Melissa Mathison / Elenco: Henry Thomas, Drew Barrymore, Peter Coyote, Dee Wallace, C. Thomas Howell, Robert MacNaughton / Sinopse: Um Extraterrestre é deixado na terra e cria uma amizade especial com um garotinho terrestre, Elliot (Henry Thomas).  

Pablo Aluísio.

sábado, 28 de outubro de 2023

Guerra dos Mundos

O original é um dos grandes clássicos do cinema sci-fi americano da década de 50. Esse aqui é o badalado remake que foi realizado com orçamento milionário, tendo no elenco o astro Tom Cruise e na direção o aclamado Steven Spielberg. Curiosamente os produtores optaram por um roteiro bem fiel ao primeiro filme, com algumas mudanças, é óbvio, mas também com uma postura de respeito e veneração pela obra original. O enredo todos conhecemos. De repente o nosso pequeno planeta Terra recebe visitantes nada simpáticos, vindos do universo com o firme propósito de destruir a humanidade e explorar os recursos naturais do nosso ecossistema. A primeira vez que assisti “Guerra dos Mundos” me lembrei de um programa Cosmos em que o excelente Carl Sagan questionava se era realmente uma boa idéia tentar entrar em contato com vida inteligente no universo, caso ela existisse. Isso porque a humanidade poderia virar alvo de uma raça superior do ponto de vista tecnológico.

Pois é justamente isso que temos aqui. Dirigido por Steven Spielberg o filme era a aposta de Cruise para voltar ao topo das maiores bilheterias. O fato é que remakes que ousam mexer com filmes consagrados do passado sempre correm o risco de se darem mal. A crítica torceu o nariz para a produção mas a união de Spielberg, Cruise e efeitos especiais de última geração se mostraram imbatíveis nas bilheterias. O filme se tornou um grande sucesso, chegando quase aos 600 milhões de dólares em faturamento. Mesmo com todo esse êxito comercial a produção ainda não consegue, mesmo nos dias de hoje, agradar aos especialistas no gênero que a consideram megalomaníaca e desprovida de alma. De qualquer forma como puro e simples entretenimento o novo “Guerra dos Mundos” cumpre o que promete. Se no primeiro filme o medo dos visitantes era uma metáfora da guerra fria, agora Spielberg manipula os acontecimentos em favor da mais simplória diversão pipoca. Se é isso que você procura então não deixe de conferir a essa nova visão do antigo clássico de ficção.

A Guerra dos Mundos (War of the Worlds, Estados Unidos, 2005) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Josh Friedman, David Koepp / Elenco: Tom Cruise, Dakota Fanning, Miranda Otto, Tim Robbins / Sinopse: O planeta Terra é invadido por terríveis seres espaciais que desejam se apoderar dos recursos naturais do ecossistema, destruindo a humanidade nesse processo.

Pablo Aluísio.

sábado, 14 de outubro de 2023

Contatos Imediatos do Terceiro Grau

Título no Brasil: Contatos Imediatos do Terceiro Grau
Título Original: Close Encounters of the Third Kind
Ano de Produção: 1977
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures      
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Steven Spielberg
Elenco: Richard Dreyfuss, François Truffaut, Teri Garr

Sinopse:
Roy Neary (Richard Dreyfuss) é um pacato homem comum que se vê imerso numa situação extraordinária. Ele acaba criando uma obsessão por seres de outro planeta, algo que vai minando sua vida pessoal e familiar. Mas Roy pensa estar indo pelo caminho certo. Sua busca o levará a uma situação jamais imaginada. Filme indicado a nove prêmios da Academia, inclusive Melhor Direção, Melhores Efeitos Especiais e Melhor Direção de Arte. Vencedor do Oscar de Melhor Fotografia (Vilmos Zsigmond). 

Comentários:
Um dos mais marcantes filmes da carreira de Steven Spielberg. O interessante é que tudo nasceu de um roteiro que ele havia escrito há muitos anos mas que não conseguia financiamento pois era um enredo de ficção que exigia um orçamento bastante generoso. O sucesso de seu filme anterior, o blockbuster "Tubarão", acabou lhe abrindo as portas para tocar em frente essa produção. Em certo sentido o enredo é uma homenagem ao filme "O Dia em que a Terra Parou" pois Spielberg sempre havia achado genial a forma como os extraterrestres tinham sido enfocados nesse clássico Sci-fi. Ao invés de monstros invasores, sedentos para dominar o planeta, eles eram retratados como fazendo parte de uma civilização superior que procurava entrar em contato com a humanidade para criar uma aliança de cooperação e fraternidade. O roteiro de "Close Encounters of the Third Kind" segue pelo mesmo caminho. Outro ponto muito positivo é que Spielberg não banaliza o encontro com os seres de outros planetas. Ele, ao contrário disso, cria todo um clima de suspense e ansiedade até o clímax que até hoje é lembrado. Na época Spielberg queria o que havia de melhor para a cena final e conseguiu, pois mesmo tendo se passado tantos anos a sequência ainda hoje impressiona pela qualidade técnica de seus ótimos efeitos especiais. Some-se a isso a brilhante trilha incidenal de John Williams. Um clássico moderno, sem a menor sombra de dúvida.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Tubarão

Quando Steven Spielberg dirigiu Tubarão em 1975 ele era apenas um jovem diretor com muitas idéias na cabeça e pouca confiança do estúdio em lhe dar um orçamento generoso. Para falar a verdade os executivos da Universal não levavam muita fé na produção. Seu roteiro lembrava em muito as produções de monstros da década de 50 e ninguém poderia realmente prever o sucesso que o filme alcançaria. O interessante é que o Tubarão era uma engenhoca grande e sem jeito que sempre pifava nas filmagens. Sem poder contar com aquele ferro velho Spielberg resolveu ser criativo e usou e abusou da chamada câmara subjetiva. Já que o público não veria o monstro então que tivessem a sensação de estar vendo o que a criatura via. Com isso o filme ganhou muito em suspense e tensão. Além disso a música tema escrita pelo sempre talentoso John Williams virou ícone, sendo sempre muito lembrada até nos dias de hoje. O elenco era liderado por dois atores considerados de segundo escalão, Roy Scheider e Richard Dreyfuss. Houve uma certa tensão entre elenco e diretor por causa das péssimas condições de trabalho durante as filmagens. Um dos barcos em que estavam afundou e vários membros correram risco.

Além disso a idéia de filmar em alto mar se revelou péssima pois a tonalidade do mar sempre mudava comprometendo a continuidade do filme, além de expor tudo aos humores do clima, ora chovendo, ora fazendo sol forte. Apenas a diplomacia e a camaradagem de Spielberg conseguiram evitar uma rebelião entre os envolvidos. Mesmo sendo caótica a produção do filme, o longa "Tubarão" logo caiu nas graças do público, virando rapidamente um fenômeno de bilheteria. A empolgação levou a crítica junto e "Jaws" conseguiu um feito e tanto conquistado três prêmios Oscar nas categorias Edição, Trilha Sonora e Som (todos merecidos). E por uma surpresa geral também foi indicado ao Oscar de melhor filme, feito raro para um filme com essa temática. Visto hoje em dia "Tubarão" se revela bem datado. A consciência ecológica desmontou seu argumento pois todos sabem atualmente que as verdadeiras vítimas são os tubarões e não os seres humanos, esses os verdadeiros predadores. O filme de Spielberg também ostenta uma curiosidade interessante pois foi o primeiro filme a ganhar o título de Blockbuster dado pela imprensa americana. No final das contas vale pelo menos uma revisão. E por favor esqueça suas continuações, todas ruins e mercenárias. O original é o único que merece ainda ser redescoberto.

Tubarão (Jaws, Estados Unidos, 1975) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Peter Benchley, Carl Gottlieb baseados na novela de Peter Benchley / Elenco: Roy Scheider, Robert Shaw, Richard Dreyfuss, Lorraine Gary, Murray Hamilton. / Sinopse: Tubarão assassino faz várias vítimas em uma pequena cidade litorânea da costa dos Estados Unidos. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 29 de junho de 2023

Minority Report

Philip K. Dick foi um escritor genial. Ele conseguia criar os universos mais estranhos, provavelmente porque vivia viajando em fartas doses de LSD. Aqui Dick mostra um futuro onde a polícia agiria antes dos crimes ocorrerem. O quadro perfeito. Antes do assassino matar sua vítima os tiras chegavam no lugar e o levavam para a prisão. A vítima, com sua vida poupada, seguia então em frente com sua vida. Sem danos na sociedade. Em cima dessa ideia original o diretor Steven Spielberg chamou o astro Tom Cruise para levar para as telas as ideias inovadoras de Dick. O resultado ficou muito bom, com excelentes efeitos especiais. A direção de arte é um dos grandes destaques e a presença de grandes atores como Max von Sydow no elenco de apoio completam o quadro.

Agora é curioso que fiquei também com a sensação de que o filme poderia ser bem melhor. Assisti a essa ficção no cinema na época, com tudo o que de melhor havia em termos de tecnologia. Lá estava o Dolby Stereo e a projeção impecável para curtir todos os efeitos especiais, porém fiquei com a sensação de que era um filme que tinha tudo para ser uma obra prima, mas que não foi. Um filme que não cumpriu tudo o que prometia. E de fato é bem isso mesmo. Spielberg criou todo um mundo do futuro e tirou o máximo que podia em termos de originalidade do conto de Dick. A questão porém é que Spielberg não é Kubrick. Ele optou por fazer um filme mais convencional, popular, ao invés de Kubrick que certamente iria por outro caminho, tentando algo mais intelectual. O resultado assim é menos do que poderia ser. Cruise se esforça, dá tudo, mas seus cacoetes de interpretação também soam saturados. É bom conhecer, mas não espere por nada genial.

Minority Report - A Nova Lei (Minority Report, Estados Unidos, 2002) Estúdio: Twentieth Century Fox, DreamWorks SKG / Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Scott Frank, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Tom Cruise, Max von Sydow, Steve Harris, Neal McDonough, Colin Farrell / Sinopse: No futuro, em 2054, um policial chamado John Anderton (Tom Cruise) é acusado de ter cometer um crime, antes mesmo que possa colocar adiante seus atos criminosos. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Edição de Som.

Pablo Aluísio.