quarta-feira, 2 de outubro de 2024
A Profecia II
quarta-feira, 25 de setembro de 2024
A Mosca da Cabeça Branca
Título Original: The Fly
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Kurt Neumann
Roteiro: George Langelaan, James Clavell
Elenco: Vincent Price, Patricia Owens, Herbert Marshall, Kathleen Freeman, Betty Lou Gerson, Charles Herbert
Sinopse:
Por anos um cientista tenta sem sucesso transportar matéria pelo espaço, indo de um lugar ao outro. A invenção poderia ser revolucionária para o futuro da humanidade. A tentativa se baseia na reconstrução molecular entre câmeras de transporte. Durante uma dessas tentativas porém uma mosca adentra o recipiente de transposição, fundindo o DNA do inseto com o DNA humano, criando nesse processo um ser simplesmente monstruoso!
Comentários:
Esse filme ganhou um selo de cult movie com o passar dos anos. É fato que se trata mesmo de um grande clássico do cinema fantástico do passado. O roteiro e sua direção de arte só ganharam com o passar do tempo e o filme não ficou ridículo após todos esses anos, o que é um feito e tanto! Aliás muito pelo contrário. O que vemos é Hollywood tentando captar o clima original em vários remakes, inclusive o de 1986 que também é uma pequena obra prima. A Mosca da Cabeça Branca tem todos os ingredientes dos filmes fantásticos dos anos 1950. Existe a desconfiança natural com os rumos da ciência, o cientista que não consegue frear seus impulsos, passando por cima da ética e os efeitos nefastos de seus experimentos - em filmes assim isso era representado justamente pelo surgimento de aberrações, monstros sanguinários. Uma maravilha! Não existe nada mais charmoso hoje em dia em termos de cinema do que os antigos - e muito bem bolados - filmes de Sci-fi dos anos 50 e 60. Em última análise essas produções continuam tão influentes hoje em dia como eram na época de seu lançamento! Nesse aspecto chega mesmo a ser genial. Outro aspecto digno de nota é que o filme não abusa dos efeitos especiais e nem da maquiagem. Sempre os esconde, nas sombras, por exemplo, justamente para manter o clima de suspense. Com isso o filme não foi atingido pelo tempo, uma vez que tudo é sutilmente escondido. Caso os efeitos datados fossem colocados mais em evidência o filme perderia e muito. Porém o roteiro foi inteligente o bastante para ser apenas sutil, sugerir na maior parte do tempo, sem apelar para o vulgar. Em suma, é um clássico sem dúvida. Um dos melhores de sua linhagem.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 18 de setembro de 2024
A Hora do Pesadelo 5
Título Original: A Nightmare on Elm Street - The Dream Child
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Stephen Hopkins
Roteiro: Wes Craven, John Skipp
Elenco: Robert Englund, Lisa Wilcox, Kelly Jo Minter, Danny Hassel, Erika Anderson, Nicholas Mele
Sinopse:
A jovem grávida Alice encontra Freddy Krueger golpeando a mente adormecida de seu filho ainda não nascido, na esperança de renascer no mundo real. Quinto filme da franquia oficial do personagem Freddy Krueger a chegar nos cinemas.
Comentários:
Apenas um ano depois do lançamento do filme anterior, a New Line se apressou em lançar esse "A Hora do Pesadelo 5". E aqui se confirma a máxima que diz, no melhor estilo sabedoria popular, que a pressa é inimiga da perfeição. Ao contrário do volume 4, que considero até muito bom, esse aqui se perde em ideias ruins e roteiro mal escrito. Quiseram também misturar "O Bebê de Rosemary" com "A Hora do Pesadelo" e tudo ficou bem estranho (e ruim). O diretor Stephen Hopkins era praticamente um novato quando entrou no set de filmagens dessa produção. Sua falta de experiência se revela na tela. Ele, anos depois, iria dirigir filmes bem melhores, com destaque para "O Predador 2: A Caçada Continua" que rodaria apenas um ano depois desse quinto filme com Freddy Krueger. Porém aqui, nesse filme, ele deixou muito a desejar. Filmes da franquia "A Hora do Pesadelo" podem se perder na linha que separa sonhos de realidade. E esse foi justamente o maior problema desse filme. Com roteiro tão confuso, o público simplesmente deixou de se importar. Com isso o filme não foi bem nas bilheterias, rendendo menos da metade do filme anterior. A franquia começava a demonstrar que estava saturada, já na década de 1980.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 10 de setembro de 2024
A Morte do Demônio
O curioso é que não apenas os atores eram jovens mas o diretor também. Sam Raimi tinha apenas 22 anos quando começou a filmar "Evil Dead" com apenas 600 mil dólares, uma quantia irrisória para os padrões de Hollywood. Com custo mínimo e contando com a ajuda dos atores - que eram todos seus amigos - ele acabou revolucionando o gênero que andava sem criatividade e ideias inovadoras desde "O Exorcista". Raimi usou ousadas tomadas de cena e levou até as últimas consequências a chamada visão subjetiva, que colocava o espectador praticamente dentro do enredo. O filme causou polêmica em seu lançamento chegando a ser proibido em alguns países europeus, entre eles a Inglaterra, mas ganhou status de cult quando finalmente chegou no mercado de vídeo. Revisto hoje em dia mantém o impacto, tanto que chegou a dar origem a duas sequências e a um remake, mas todos eles empalidecem diante desse "Evil Dead" original que sem dúvida é um grande filme de terror.
A Morte do Demônio (Evil Dead, Estados Unidos, 1981) Direção: Sam Raimi / Roteiro: Sam Raimi / Elenco: Bruce Campbell, Ellen Sandweiss, Richard DeManincor / Sinopse: Cinco jovens acabam libertando terríveis forças do mal em uma cabana isolada no meio da floresta.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 5 de setembro de 2024
Cocoon
Alguns filmes vencem pela simpatia e boas intenções. Esse foi o caso dessa simpática produção, "Cocoon". Sucesso de bilheteria o filme inovava dentro do gênero ficção científica ao colocar em cena um grupo de velhinhos em um asilo que recuperava a energia de sua juventude ao mergulhar em uma piscina onde extraterrestres guardavam grandes casulos, os tais que dão origem ao título do filme. "Cocoon" de certa forma era inspirado na imagem positiva dos ETs que o público havia visto no grande sucesso de Steven Spielberg, "ET - O Extraterrestre". Como se sabe os seres de outros planetas quase sempre eram retratados como agentes do mal, invasores e dominadores em relação ao nosso planeta. Essa visão era extremamente popular na década de 50 com poucas exceções (como "O Dia em Que a Terra Parou"). No geral prevalecia o retrato malvado dos seres espaciais como em "Guerra dos Mundos".
Depois de ET de Spielberg a coisa mudou de foco. Se eram seres tão avançados a ponto de virem até nosso planeta não fazia o menor sentido serem guerreiros ou destruidores, pelo contrário o nível que tinham atingindo só poderia ser fruto de uma civilização avançada e bondosa. Assim são os extraterrestres de "Cocoon". Seres que não se importam em ajudar os idosos que se tornam seus amigos. E por falar em velhinhos simpáticos "Cocoon" trazia para as telas um excelente grupo de atores veteranos (alguns em seu último trabalho nas telas). Os destaques são Don Ameche (sempre ótimo, com um feeling de humor raro) e Jessica Tandy (uma veterana dos palcos e dos filmes, a primeira atriz a contracenar com Marlon Brando em "Uma Rua Chamada Pecado" no teatro). Completando o elenco dois atores que fizeram muito sucesso na década de 80: Steve Guttenberg (da franquia de humor de grande sucesso "Loucademia de Polícia") e Brian Dennehy (dos sucessos "Rambo" e "Silverado"). Na direção o subestimado diretor Ron Howard, amado por uns e odiado por outros que o consideram superficial em excesso. Aqui pelo menos em "Cocoon" ele encontrou o tom certo, uma fábula muito graciosa sobre amizade, dignidade na terceira idade e beleza interior. Teve uma continuação dispensável alguns anos depois por causa do sucesso de bilheteria desse. Bons tempos em que os efeitos existiam para dar suporte a um bom roteiro e argumento. Se você gosta de um bom filme de ficção não pode deixar de assistir "Cocoon".
Cocoon (Cocoon. Estados Unidos, 1985) Direção: Ron Howard / Roteiro: Tom Benedek baseado na estória de David Saperstein / Elenco: Don Ameche, Jessica Tandy, Steve Guttenberg, Brian Dennehy, Wilford Brimley, Hume Cronyn, Maureen Stapleton / Sinopse: Um grupo de velhinhos em um asilo recupera a energia e a alegria de sua juventude ao mergulhar em uma piscina onde extraterrestres guardam grandes casulos, os tais que dão origem ao título do filme.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 4 de setembro de 2024
O Novo Filme do Hellboy
sexta-feira, 30 de agosto de 2024
Drácula - O Vampiro da Noite
Título Original: Dracula
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Hammer Film Productions
Direção: Terence Fisher
Roteiro: Jimmy Sangster, baseado na obra de Bram Stoker
Elenco: Peter Cushing, Christopher Lee, Michael Gough
Sinopse:
Drácula (Christopher Lee) é um misterioso conde que resolve se vingar de Jonathan Harker, um jovem que consegue sobreviver a um ataque do vampiro em seu castelo. De volta à grande cidade, Drácula pretende destruir toda a família de Harker mas antes terá que enfrentar o professor e pesquisador Van Helsing (Peter Cushing), um estudioso da existência de seres da noite como o famigerado nobre Drácula.
Comentários:
Esse filme é um verdadeiro marco do cinema de terror inglês. Foi o primeiro de Christopher Lee no papel do conde Drácula e um dos maiores sucessos de bilheteria da produtora Hammer Film Productions que iria se especializar em fitas de horror nos anos seguintes (com ótimos resultados, é bom frisar). Para quem está acostumado com os vampiros do cinema da atualidade o filme certamente trará algumas belas surpresas. O Drácula de Lee não é um ser romântico, charmoso, em busca de belas donzelas para conquistar seu amor adolescente. Pelo contrário, ele é um monstro apenas, quase sem diálogos, que ataca nas noites escuras sem qualquer sutileza. Ele está em busca de sangue e vingança e nada mais do que isso. Tudo realizado no meio de uma Londres nebulosa e sombria. Por falar nisso a direção de arte do filme é um primor, com cenários góticos e um clima sórdido muito eficiente. Peter Cushing como Van Helsing também é outro ponto positivo da produção. Em suma, um clássico absoluto que até hoje diverte e empolga. Um filme essencial na coleção de todo fã de filmes de terror.
Pablo Aluísio.